Não podemos fugir da experiência ou do experimentar. Podemos fugir (ou apenas fingir, ou adiar) da consciência, mas o tempo passa, as coisas acontecem e nós continuamos sempre experienciando.
Mesmo sozinhos em um quarto escuro ainda estamos vivendo a experiência da nossa própria existência, de solidão, meditação, repouso ou auto-percepção, o que quer que pensamos ou que esteja acontecendo ainda estamos experimentando. Mesmo durante e depois da morte, acredito eu, estaremos vivendo a inevitável experiência.
Sim, nós podemos criar muitos véus que tornam nós mesmos pouco conscientes da incrível experiência pela qual passamos, mas ainda está acontecendo, ainda estamos experimentando. Experimentar o existir pode ser ao mesmo tempo nosso maior presente e nossa maior dor. Felizmente ou infelizmente nós não podemos, eu tenho quase certeza, fugir disso.